quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Aedes aegypti, mosquito da dengue, suspeito de trazer febre amarela ao Brasil


O país pode estar novamente diante de um velho problema de saúde pública. Depois de 73 anos, o Brasil voltou a registrar uma morte por febre amarela urbana. O caso classificado como “intrigante” aconteceu em julho, em Natal, no Rio Grande do Norte, e está em investigação. Não está descartada a possibilidade de a transmissão ter ocorrido via Aedes aegypti. A notícia veio à tona no mesmo dia em que o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco divulgaram novo boletim epidemiológico dos casos de microcefalia. O número de notificados em Pernambuco aumentou 12% na última semana e chegou a 1.153 registros. De acordo com os novos boletins, 89 casos foram confirmados e 42 descartados. O estado segue liderando o ranking de notificações no país.

Ao todo, foram notificados 2.975 casos em todo o país. Além disso, 40 mortes de bebês com microcefalia relacionadas ao zika vírus estão sendo investigadas. A Paraíba tem o segundo maior número de casos, com 476 suspeitas. Em seguida, aparecem a Bahia, com 271 notificações, e o Rio Grande do Norte, com 154 suspeitas.

A Secretaria de Saúde do RN afirmou que a paciente que morreu por febre amarela apresentava inicialmente sintomas semelhantes a dengue ou zika, mas as duas doenças foram descartadas em laboratório. “Até o momento não há um vínculo epidemiológico, por isso continuamos a trabalhar em conjunto para esclarecer o caso”, explicou a subcoordenadora de Vigilância Ambiental, Cintia Higashi. O Ministério da Saúde afirmou que irá classificar o caso como suspeito até o fim das investigações, mas ressaltou que não há evidências epidemiológicas que sugerem a transmissão do vírus da febre amarela em Natal.

Os dados de microcefalia foram registrados até o dia 26 de dezembro em 656 municípios de 19 estados e do Distrito Federal. O número nacional de casos suspeitos subiu 7% desde o último boletim divulgado pelo Ministério, no último dia 22, que havia registrado 2.782 notificações. “Das 20 unidades da federação com casos suspeitos, nove permaneceram com número de casos suspeitos iguais ao boletim anterior. Três estados (Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso) apresentaram diminuição de casos”, informou o órgão federal no boletim.

*Fonte: Diário de Pernambuco

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