quinta-feira, 5 de maio de 2011

Audiência Pública FOGE DO TEMA

Ontem, 04, durante a Audiência Pública sobre “Saúde da Mulher”, proposta pelo Vereador Claudionor dos Santos, só foram apresentados inúmeros problemas, hoje enfrentados pela Maternidade Dix-Sept Rosado – APAMIM. A falta de leitos, salários atrasados, dívidas trabalhistas, entre outros.

Não se discutiu sobre prevenção ao HPV, cirurgias de colo do útero, mamografias, combate ao câncer de mama, falta de ultrassonografia nas unidades de pronto-atendimento e que as gestantes de Mossoró não recebem prioridade de atendimento das ambulâncias do Samu. Não se discutiu o atendimento de alta complexidade para as grávidas, o que se detecta num pré-natal ou acompanhamento à gestante nas Unidades Básicas de Saúde do município.

O foco do debate foi em torno da Casa de Saúde Dix-sept Rosado, que recebeu a defesa do diretor do Hospital da Polícia, Manoel Nobre, que em resposta a deixa do Secretário Francisco Carlos de que a Prefeitura não é responsável por oferecer serviço a APAMIM. "Mossoró tem gestão plena da saúde e é obrigado a oferecer um serviço de qualidade, sim", lembrou Manoel Nobre.

De acordo com o diretor da entidade, André Neo, o valor defasado da tabela do SUS é um dos principais responsáveis pelo problema, agravado depois do fechamento de seis hospitais particulares em Mossoró. “Antes a Apamim respondia pelo atendimento a 300 gestantes. Hoje são 600. O salário mínimo teve um reajuste de 851%, enquanto a tabela do SUS, de 45%.”, afirmou e cobrou do município parcerias, como hoje acontece com outros hospitais particulares de Mossoró, a fim de garantir à Apamim, um “plus” que complemente a tabela do SUS.

O Presidente Francisco José Júnior formou uma comissão para traçar um diagnóstico sobre a real situação da maternidade. Eu e a Vereadora Cláudia Regina, iremos compor a comissão, junto com representantes dos governos estadual e municipal, além do Ministério Público, para conhecermos a real situação da maternidade e encontrarmos soluções para o problema. Para que a maternidade não feche as portas, deixando a população numa situação caótica.

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