sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O outro 11 de setembro e a lição de como não se entregar aos Pinochets da vida‏

Por lermos e concordarmos com o texto, seguimos o compartilhando:
Por Crispiniano Neto: 
O amigo Marcos envia-me trecho de artigo do blog Carta maior, que mostra o momento dramático em que Augusto Pinochet, o ministro da Defesa de Allende que veio a ser o seu grande traidor e se revelar o maior carniceiro da América Latina, exige de Salvador Allende a renúncia em 11 de setembro de 1973 e ele prefere dar a vida que se acovardar. Vejamos: Só uma única pergunta depois de tudo o que já foi dito: os que hoje querem condenar o PT, dissolvendo sua história e suas lideranças no achincalhe do ‘mensalão', sentenciando Dirceu e Genoíno com sôfrega ansiedade, a ponto de pretender consumá-lo a contrapelo das provas, na sonegação a recursos e embargos consagrados na jurisprudência, esses que ora evocam ética, ora fardas, ora togas; ora insuflam a rua, ora convocam a ordem, que hoje alisam nervosamente egos complacentes, ao mesmo tempo em que aguilhoam as consciências hesitantes com o punhal da represália, esses que já se lambuzam da uva ainda não colhida, e formam a gelatina plasma secular a obstruir o Brasil que poderíamos ser, mas que ainda não somos, esses que exercem a sua capacitação de cupim diante do carvalho da história, acreditam que, no futuro, serão perfilados de que lado, nesse telefonema simbólico que ainda divide as águas do caráter e das escolhas na América Latina, e que marcaria um outro 11 de setembro, há 40 anos, quando um sabujo, no caso, de farda, mas assemelhado aos atuais, intimou um presidente eleito a renunciar e ouviu dele uma descompostura, que em seguida tomaria a forma de um memorável recado ao futuro que nos cumpre honrar: "Companheiros trabalhadores, eu não vou renunciar. Colocado nesta transição histórica, pagarei com minha vida a lealdade do povo e digo que tenho a certeza que a semente que entregamos à consciência digna de milhões de chilenos não poderá ser negada; porque não se detêm os processos sociais, nem com o crime, nem com a força. A história é nossa... e a fazem os povos (...) Neste momento decisivo o que posso dizer a vocês é que aprendam a lição (da história)."
*Blog do Crispiniano Neto

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