segunda-feira, 20 de junho de 2016

Recursos da saúde municipal não são aplicados de forma eficiente

A Câmara Municipal de Mossoró (CMM) realizou nesta segunda-feira, 20, audiência pública para discutir a prestação de contas da saúde do município. Na oportunidade, foi debatido sobre o parecer do Conselho Municipal de Saúde pela reprovação das contas da saúde referente ao 3º quadrimestre de 2015.

Conforme o vereador Genivan Vale (PDT), o parecer do Conselho Municipal chama atenção para uma situação alertada anteriormente por ele: os recursos da saúde não são aplicados de forma eficiente. “Atualmente, gasta-se mais com doença do que com saúde. O município investe mais na média e alta complexidade do que na atenção básica”, enfatiza.

Outro ponto que chama atenção no relatório é que o volume de recursos aplicados na saúde é incompatível a atual realidade vivenciada pela população mossoroense no setor. Segundo o Executivo, 32% do orçamento municipal é direcionado à saúde, no entanto não há clareza com relação à forma como estes recursos estão sendo aplicados.

“Já tomamos conhecimento desta prestação, anteriormente, mas ela não nos serve porque não mostra de forma transparente onde estão sendo gastos 32% da verba com a saúde, sendo que o setor está em um verdadeiro caos. Para onde está indo quase 180 milhões, se a saúde básica de Mossoró não conta sequer com uma estrutura digna?”, questionaram os membros do Conselho Municipal de Saúde.

Ainda durante a audiência, o vereador solicitou da Secretaria Municipal de Saúde a relação detalhada das cidades que “invadem” o serviço de saúde, ou seja, municípios que encaminham seus munícipes para Mossoró, mas não encaminham os recursos equivalentes a estes serviços.

“Os recursos da saúde poderiam ser melhor aplicados. Contudo, reconhecemos que a grande quantidade de pacientes de outros municípios que são atendidas em Mossoró causa significativo impacto nos investimentos na saúde. É preciso que haja uma pactuação com esses municípios. Além disso, é preciso chamar o Governo do Estado à responsabilidade para repassar os recursos devidos a Mossoró”, frisa o parlamentar.

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