O Ministério da Saúde divulgou hoje (29) que um em cada
quatro brasileiros é diagnosticado com hipertensão. Apesar de ser considerado
alto, o índice tem se mantido estável, de acordo com dados da pesquisa Vigitel
2015. No ano passado, a doença afetava 24,9% da população, sendo que, em 2014,
esse percentual foi de 24,8%. A doença atinge mais as mulheres e o número de
casos cresce conforme aumenta a idade da população.
A Vigitel é uma pesquisa feita nas capitais brasileiras por
telefone; em 2015, 54 mil pessoas maiores de 18 anos foram entrevistadas. Entre
as cidades pesquisadas, o Rio de Janeiro apresenta o maior número de
hipertensos, com 30,6% da população, e Palmas (TO) tem o menor índice, com
15,7%.
De acordo com a pesquisa, grande parte dos brasileiros não
acredita que consome muito sal. Apenas 14,9% da população consideram seu
consumo de sal alto ou muito alto, entretanto mais de 70% consomem sódio em
excesso. Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome uma média de 12
gramas de sódio todos os dias. O valor é quase o dobro do recomendado pela
Organização Mundial da Saúde, de menos de 5 gramas por dia.
Os dados do Vigitel foram apresentados hoje, durante a
divulgação dos resultados do acordo de redução de sódio em alimentos
processados, firmado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das
Indústrias da Alimentação. Desde 2011, foram retiradas 14.893 toneladas de
sódio dos produtos alimentícios. A meta é que as indústrias promovam a retirada
voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou, entretanto,
que 75% do consumo de sódio no país estão associados à quantidade de sal
adicionado pelos consumidores na preparação e no consumo dos alimentos. “Alguns
países já proibiram saleiro na mesa dos restaurantes. Precisamos alertar para
que as pessoas cooperem com a redução do consumo de sal”, disse.
Apesar de o índice de pessoas com hipertensão ter se
mantido estável, houve redução de 33% na taxa de internações pela doença,
passando de 61 para 41 internações por 100 mil habitantes. “Isso aconteceu em
função de uma ação conjunta da saúde, acesso a medicamentos, redução de sódio e
cuidado das próprias pessoas em fazer exercícios físicos. Tudo isso faz parte
dos resultados e há comprovada relação entre consumo de sódio e hipertensão”,
afirmou.
Segundo o ministério, o consumo excessivo de sódio é fator
de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, que
atualmente respondem por 72% das mortes no Brasil, como hipertensão, obesidade,
osteoporose e problemas renais.
*Fonte: Agência Brasil
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