A interferência política é um dos motivos da crise na administração da prefeita Micarla de Sousa (PV). A afirmação é do vereador Ney Lopes Júnior (DEM), integrante da bancada governista na Câmara Municipal de Natal, para quem as constantes mudanças no secretariado da pevista geram “instabilidade” na gestão da capital.
O vereador assegurou que a exoneração do secretário de Planejamento, Augusto Carlos Viveiros, filiado ao DEM, em nada abalou a relação do partido com Micarla de Sousa. Ele lembrou que Viveiros entregara o cargo à prefeita, mas a chefe do Executivo de Natal rejeitara o pedido.
Ney Lopes Júnior afirmou que, caso a prefeita estivesse insatisfeita com a participação do DEM em seu secretariado, teria aproveitado o pedido de saída de Viveiros para se livrar do partido. “Ela não tem razão para isso [romper com o DEM]”, avaliou.
Viveiros foi demitido após trocar farpas com a secretária municipal de Saúde, Ana Tânia Sampaio, segundo quem o secretário de Planejamento não travava o trabalho da SMS. Micarla convocou os dois auxiliares para uma reunião e, no final da conversa, anunciou a exoneração dos dois auxiliares.
Politização
O vereador advertiu que a politização atrapalha o andamento da gestão e afirmou que as indicações políticas atrapalharam o planejamento da prefeita Micarla de Sousa.
“Em algumas secretarias predomina a indicação política. Talvez toda essa crise que está acontecendo na administração municipal seja em virtude de indicações políticas, sem preocupação com o quesito técnico dos indicados”, analisou.
Ney Lopes Júnior se esquivou de comentar sobre a possível ida dos vereadores Chagas Catarino (PP) para a pasta dos Esportes e Edivan Martins para a da Educação, limitando a dizer que “isso é um critério que cabe à prefeita analisar”.
Extraído do Portal Nominuto.com
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