Representantes de
sindicatos de táxis e mototáxis, das empresas de ônibus e do policiamento
municipal de trânsito e militar se reuniram ontem à tarde na Secretaria de
Serviços Urbanos, Trânsito e Transportes (SESUTRA) para discutir a fiscalização
que será iniciada a partir da próxima semana, no sentido de trazer segurança
aos munícipes.
A fiscalização
abrange a questão de respeitar as leis e garantir transporte seguro e preços
justos. "Existia a necessidade de a Prefeitura, como gestor, demandar
algumas ações. Nossa finalidade é iniciar um trabalho de viabilidade de uma
fiscalização, que será realizada duas vezes por semana no transporte coletivo
de Mossoró. De início não divulgaremos data nem local. O que queremos é um
equilíbrio, ou seja, trazer mais segurança para a população", destacou o
secretário de Serviços Urbanos, Edward Smith.
A fiscalização se
dará para tentar solucionar a velha problemática dos transportes clandestinos,
tanto táxis, como mototáxis. "Outra ação que já anunciaremos é o
recadastramento de toda a gratuidade do transporte coletivo, buscando um
sistema de qualidade", acrescentou o secretário.
Quem vai realizar
essa fiscalização é o Departamento Municipal de Trânsito, em parceria com o 2º
Distrito de Polícia Rodoviária Estadual (2º DPRE), em blitzen que acontecerão
duas vezes por semana.
O presidente do
Sindicato dos Taxistas de Mossoró e Região Oeste (SINDITÁXI), José Salvador
Gonçalves, destacou que a Lei Municipal 715/92 foi criada para o sistema de
táxi de lotação, mas não foi normatizada. "Na época existia somente o
setor de tráfego e não havia o de fiscalização e ficamos de 92 a 2002 sem usar
o sistema de lotação. Nesse tempo, o poder público não conseguiu controlar e
alguns clandestinos passaram a trabalhar cobrando R$ 1,00 por passageiro, e
hoje temos uma média de 300 veículos fazendo lotação, fora os veículos de fora,
o que toma o espaço das linhas de ônibus", disse.
Segundo Salvador
Gonçalves, Mossoró possui 1.200 mototáxis legalizados e cerca de quatro mil
clandestinos. Ele disse ainda que são 387 táxis, desses, cerca de 200 já
aderiram ao trabalho de lotação. "Eles não fazem isso por vontade própria,
mas por necessidade, pois se compram um carro novo, em seis meses está acabado,
devido ao fluxo de pessoas. Tudo isso gerou um impasse e o que falta é que cada
um se conscientize de sua parte e o poder público normatizar", continuou
Salvador Gonçalves.
Segundo ele, a lei
municipal determina que os taxistas tenham que ligar o taxímetro. Nesse ritmo,
sem o taxímetro ligado, segundo o presidente do sindicato, os taxistas
transportam cerca de 15 mil passageiros por dia, mas que não é compensador.
*Jornal Gazeta do Oeste
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