Em decorrência de cinco meses de salários atrasados, uma
equipe formada por 33 profissionais responsáveis do programa “ProJovem Campo”
paralisaram nesta semana suas atividades em seis escolas da zona rural.
Segundo a professora Rosineide Oliveira, o programa teve
início em abril de 2015 e conta com professores, auxiliares de serviços gerais
e coordenadores, sendo que muitos deles residem na zona urbana do município e
estão com dificuldades de se deslocar até as escolas na zona rural devido ao
atraso no salário.
“Ao todo, somos 33 pessoas, entre professores, merendeiras
e coordenadores que enfrentam essa situação. Alguns deles residem na zona
rural, mas a maioria mora na zona urbana. Com o atraso, muitos deles estão
tendo dificuldades de chegar até as escolas. Alguns vão nos ônibus que
transportam os alunos para a zona rural, mas com a paralisação piorou e tomamos
essa medida de parar com as atividades”, disse Rosineide.
Ainda de acordo com Rosineide Oliveira, eles entraram em
contato com a atual e ex-secretária de Educação do município para tentar uma
solução para o impasse. Com Glaudionora Silveira, ela informou que a nova
secretaria iria realizar um levantamento e ver como poderia ser pago, mas até o
momento nenhuma resposta foi enviada para os profissionais.
Houve também um contato com a então secretária, Ieda
Chaves, e ela teria informado que não poderia fazer muita coisa, pois a
responsabilidade era da Fundação, que é uma instituição sem fins lucrativos.
Os profissionais tentaram ainda um contato direto com o
prefeito de Mossoró. Uma reunião foi agendada para a última segunda-feira (21),
mas o representante do Executivo “furou” ao compromisso.
“Uma secretária pediu nosso telefone, mas até o momento
ninguém entrou em contato. Nessa reunião, exporíamos o problema de forma
detalhada e apelaríamos para que alguma coisa fosse feita, pois precisaríamos
continuar com o trabalho de educação na zona rural de Mossoró”, declarou
Rosiane, uma das professoras do programa.
O Projeto, que foi iniciado em abril de 2015, já recebeu
valores próximos de meio milhão de Reais, conforme informações no site do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ainda assim, até o Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores, só foi depositado
apenas durante dois meses.
O ProJovem Campo é um programa do Governo Federal em
parceria com as prefeituras dos municípios. Em Mossoró foi aberta uma licitação
para que outras instituições coordenassem o Programa, sendo contemplada a
Fundação Assistencial Mãe Aninha de Albuquerque, com sede na cidade de
Cajazeiras (PB), o que causa estranheza aos servidores, sendo que não há sequer
um representante da instituição em Mossoró.
*Fonte: Jornal De Fato
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