quinta-feira, 24 de março de 2016

Equipe do Projovem Campo paralisa atividades por falta de pagamento

Em decorrência de cinco meses de salários atrasados, uma equipe formada por 33 profissionais responsáveis do programa “ProJovem Campo” paralisaram nesta semana suas atividades em seis escolas da zona rural.

Segundo a professora Rosineide Oliveira, o programa teve início em abril de 2015 e conta com professores, auxiliares de serviços gerais e coordenadores, sendo que muitos deles residem na zona urbana do município e estão com dificuldades de se deslocar até as escolas na zona rural devido ao atraso no salário.

“Ao todo, somos 33 pessoas, entre professores, merendeiras e coordenadores que enfrentam essa situação. Alguns deles residem na zona rural, mas a maioria mora na zona urbana. Com o atraso, muitos deles estão tendo dificuldades de chegar até as escolas. Alguns vão nos ônibus que transportam os alunos para a zona rural, mas com a paralisação piorou e tomamos essa medida de parar com as atividades”, disse Rosineide.

Ainda de acordo com Rosineide Oliveira, eles entraram em contato com a atual e ex-secretária de Educação do município para tentar uma solução para o impasse. Com Glaudionora Silveira, ela informou que a nova secretaria iria realizar um levantamento e ver como poderia ser pago, mas até o momento nenhuma resposta foi enviada para os profissionais.

Houve também um contato com a então secretária, Ieda Chaves, e ela teria informado que não poderia fazer muita coisa, pois a responsabilidade era da Fundação, que é uma instituição sem fins lucrativos.

Os profissionais tentaram ainda um contato direto com o prefeito de Mossoró. Uma reunião foi agendada para a última segunda-feira (21), mas o representante do Executivo “furou” ao compromisso.

“Uma secretária pediu nosso telefone, mas até o momento ninguém entrou em contato. Nessa reunião, exporíamos o problema de forma detalhada e apelaríamos para que alguma coisa fosse feita, pois precisaríamos continuar com o trabalho de educação na zona rural de Mossoró”, declarou Rosiane, uma das professoras do programa.

O Projeto, que foi iniciado em abril de 2015, já recebeu valores próximos de meio milhão de Reais, conforme informações no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ainda assim, até o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores, só foi depositado apenas durante dois meses.

O ProJovem Campo é um programa do Governo Federal em parceria com as prefeituras dos municípios. Em Mossoró foi aberta uma licitação para que outras instituições coordenassem o Programa, sendo contemplada a Fundação Assistencial Mãe Aninha de Albuquerque, com sede na cidade de Cajazeiras (PB), o que causa estranheza aos servidores, sendo que não há sequer um representante da instituição em Mossoró.


*Fonte: Jornal De Fato

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