Uma estrutura antes utilizada para fins educacionais atualmente está sendo abrigo de viciados em drogas. Assim é a situação de muitos dos prédios do Movimento de Integração e Orientação Social (Meios), fechados há dez meses, desde que o convênio entre a ONG e o Governo do Estado foi encerrado.
Moradores vizinhos aos prédios abandonados temem pela situação. No Walfredo Gurgel, por exemplo, o matagal está tomando de conta de uma das sete creches do Meios. O cenário contribui para que muitas pessoas viciadas se abriguem no local, gerando medo e insegurança à população da região.
As unidades localizadas no conjunto Abolição IV também passam pela mesma situação. Muitos entram nos prédios para se drogarem. Como não tem nenhuma atenção, os espaços também se tornam alvo para ações de vândalos, que deterioram ainda mais a estrutura abandonada.
Em agosto deste ano, um incêndio danificou a estrutura já comprometida pelo abandono da Creche Lairson Rosado, no Abolição IV. As causas reais do incêndio até hoje não foram esclarecidas, mas populares acreditam que o incêndio tenha sido proposital, ocasionado pelos vândalos que costumam "visitar" o local.
A situação de abandono do prédio do Meios já foi denunciada pela jornal O Mossoroense em duas outras oportunidades. A primeira foi veiculada no dia 19 de agosto e a segunda poucos dias depois, devido ao incêndio na referida creche da ONG.
No dia do incêndio, a equipe de reportagem procurou o interventor do Meios, Marcos Lael. Na época, ele declarou que todos os prédios e terrenos que forem patrimônio do Meios serão leiloados para que os salários dos servidores do órgão fossem pagos.
A equipe de reportagem do jornal O Mossoroense tentou entrar em contato com Marcos Leal para saber como está a situação atual e se o leilão dos prédios já tem data para acontecer. No entanto, não obteve êxito em nenhuma das tentativas.
Até 31 de dezembro do ano passado, o Meios atendia em Mossoró aproximadamente 1.200 crianças, que, após a não-renovação do convênio com o governo, estão fora das salas de aula. Atualmente, o Meios está sob intervenção do Ministério Público e apenas o escritório está funcionando, com quatro funcionários.
*Retirado do Jornal O Mossoroense
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