A estrutura do Hospital da
Solidariedade, localizado no bairro Abolição III, para tratar pacientes com
câncer está pronta, mas ainda não pode funcionar através do convênio com o
Sistema Único de Saúde (SUS). O entrave encontra-se na questão burocrática, já
que o hospital necessita de algumas autorizações para funcionar.
Em nível de Estado essas
autorizações devem ser emitidas por três vias: Conselho Municipal de Saúde,
Comissão dos Intergestores Regionais (Colegiado que reúne os secretários dos
municípios da II Ursap) e Comissão Intergestora Bipartite (colegiado entre os
secretários municipais e o secretário estadual).
De acordo com o médico
Cure de Medeiros, responsável pelo Hospital da Solidariedade, ontem o Conselho
Municipal de Saúde, através do seu presidente, Gilberto Fernandes, deu a
autorização para o funcionamento do Hospital. Agora estão pendentes as outras
duas autorizações. “Além dos pacientes estarem precisando dos serviços, aquelas
pessoas que presenciaram tantas doações e campanhas estão nos cobrando os
serviços”, disse.
Há ainda uma quarta
autorização, que é a da Comissão Nacional de Energia Nuclear, mas essa depende
das demais. “Nós vamos fazer aqui em Mossoró pelo SUS, coisas que só se fazem
em Recife e particular, por isso estamos pedindo a essas comissões que
antecipem as autorizações”, acrescentou o médico.
Cure de Medeiros esteve na
semana passada em Brasília, em reunião com o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, para tratar do funcionamento dos equipamentos, reunião essa onde
também estiveram presentes a governadora Rosalba Ciarlini, a prefeita Cláudia
Regina e a secretária municipal de Saúde, Jaqueline Amaral.
Mas além da necessidade
das autorizações, os serviços da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao
Câncer (LMECC) também precisa do restante do dinheiro que foi doado pelo
Governo. Cure de Medeiros explicou que a doação foi de dois milhões e
seiscentos mil reais, sendo que apenas dois milhões duzentos e trinta
aproximadamente chegaram à Liga, valor esse que foi utilizado para a compra do
acelerador linear. “O restante do valor precisamos para a compra de um gerador
de energia para o hospital”, continuou.
Há ainda o pagamento de um
convênio com a Prefeitura, ainda de 2012 que não foi pago. O convênio é no
valor de R$ 125 mil. “O valor desse convênio seria para a preparação das salas
para receber os aparelhos, então como não podíamos esperar, fizemos um
empréstimo de R$ 300 mil para o serviço e o resultado é que a Liga se
endividou”, disse Cure de Medeiros.
Atualmente a despesa para
manter os equipamentos ligados e a equipe de trabalho no Hospital é de R$ 60
mil. “Fazemos um apelo para a compreensão dos gestores das comissões para que
possam acelerar o processo”, concluiu Cure de Medeiros.
*Jornal Gazeta do Oeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário