Estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria da
Universidade de São Paulo (USP) identificou diferentes aspectos que compõem o
perfil dos consumidores de bebidas alcoólicas na Grande São Paulo e apontou um
novo padrão de relação entre as mulheres e o álcool. Mais de cinco mil
pessoas foram entrevistadas e 29% se enquadram no consumo pesado, informou o
site Agência Fapesp. Foram considerados os seguintes fatores: gênero, poder
aquisitivo, moradia e presença de comorbidades psiquiátricas.
A análise apresentou duas formas de consumo abusivo:
regular, mais de três vezes ao mês, e episódica. Entre os homens considerados
consumidores excessivos, a quantidade mínima ingerida, ao menos uma vez por
semana, é de cinco doses, já as mulheres com igual regularidade consomem
minimamente quatro doses por ocasião. Com maior poder aquisitivo e redefinição
do papel feminino na sociedade, o preconceito com mulheres ingerindo bebidas
alcoólicas foi reduzido, o que favoreceu um aumento de consumo pelo público
feminino.
O dado preocupa, uma vez que as mulheres apresentam maior
dificuldade em metabolizar o álcool e apresentam ampla faixa etária de
consumidoras excessivas, entre 18 e 54 anos. Entre os homens a faixa é de 18 e
34 anos.
Os padrões sociodemográficos apontam maior incidência no
consumo pesado de álcool em regiões que apresentam grande privação
socioeconômica. Lugares onde a renda mensal familiar gira em torno de R$ 850,
com baixa escolaridade, poucas opções de lazer e disposição de recursos, a
chance de uma população consumir abusivamente bebidas alcoólicas é muito maior.
*Fonte: Resvista Radis
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