Em artigo no site da Carta Maior (6/1), o ex-ministro
Alexandre Padilha chamou atenção para a invisibilidade do SUS na mídia ao
comentar o caso da modelo e apresentadora Andressa Urach — que teve que se
submeter a uma cirurgia para conter uma infecção causada pelo uso indevido de
um produto conhecido como hidrogel (composto usado em pacientes que desejam
diminuir pequenas rugas do rosto, além de cicatrizes e celulites num
procedimento chamado de preenchimento).
Padilha lembrou que, depois de um périplo por clínicas
particulares sem solução definitiva, foi em um hospital 100% SUS, do Grupo
Hospitalar Conceição (um dos poucos próprios do Ministério da Saúde) que a
modelo teve a sua vida salva e a saúde reabilitada. Ele escreveu: “Nem no meu
maior devaneio SUSista esperava uma manchete do tipo: Hospital do SUS salva
modelo com complicações em procedimentos estéticos realizados em clínica
privada. Ou: Ao contrário de Miami, modelo não precisou pagar antecipadamente
por vida salva em Hospital do SUS.”
O desconforto de Padilha faz sentido e mostra as
dificuldades que o sistema enfrenta quando se trata de merecer visibilidade na
mídia. As filas e a dificuldade de acesso sempre ganham manchetes, enquanto
ações efetivas muitas vezes sequer são mencionadas pelos meios de comunicação.
*Fonte: Resvista Radis
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