sexta-feira, 15 de março de 2013

SECA NO NORDESTE. ALGUÉM SURPRESO?


Os jornais, locais e nacionais, começam a relatar os problemas causados pela falta de chuvas no Nordeste: gado faminto, famílias sem água para as necessidades básicas, alta de preços, entre outros.

A seca no Nordeste, diferentemente de um tsunami ou de um furacão, é um evento totalmente previsível. É inconcebível, com os recursos tecnológicos atuais, ainda dependermos da boa vontade de São Pedro. 

Em 2.500 a.C os mesopotâmios já usavam recursos como a irrigação e os pesticidas para driblar as oscilações da natureza. Mais de 4.600 anos depois, nós ainda ficamos olhando pra o céu esperando que caia uma chuva para plantar feijão e milho.

Os governos, em todas as esferas, já deviam, de há muito, terem criado meios de convivência com a seca. A perfuração de um poço aqui, outro acolá, não resolve a questão. É necessário o investimento em tecnologia e logística.

SÃO FRANCISCO – Uma das soluções é a transposição das águas do São Francisco para as bacias do Nordeste setentrional. O projeto, idealizado há mais de um século, foi tirado do papel em 2007, no governo Lula, mas caminha a passos de cágado. Inicialmente, previu gastos de R$ 4,8 bilhões e entrega em 2010. Agora, prevê gastos de R$ 8,2 bilhões e entrega para 2015. O projeto foi dividido em dezesseis lotes, os quais somam 622 quilômetros de canais. Várias questões burocráticas e judiciais atravancam o projeto.
Com ou sem a transposição das águas do São Francisco, os governantes precisam investir maciçamente em projetos de convivência com a seca. Espero alcançar o dia em que o preço do feijão verde seja o mesmo durante todo o ano.

OBS. A farinha de mandioca está custando R$ 7,00 o quilograma. Colocam a culpa na falta de chuvas. Isso jamais deveria ocorrer em pleno século XXI.

*Blog do Tio Colorau

Nenhum comentário:

Postar um comentário