O crescimento do
setor de construção civil em Mossoró está aos poucos recuperando o otimismo,
quase um ano após a polêmica envolvendo o Aeroporto Dix-sept Rosado e a
verticalização de alguns bairros, como o Nova Betânia e o Doze Anos.
Desde meados do ano passado,
uma portaria do Departamento do Controle do Espaço Aéreo (DECEA) – órgão do
Comando da Aeronáutica – adotou novas regras de segurança em relação a
aeroportos que limitavam a construção de prédios em áreas próximas à pista de
pouso e decolagem.
Mossoró foi uma das
cidades mais afetadas com a mudança, que emperrou o crescimento vertical da
cidade.
De acordo com o
secretário municipal do Desenvolvimento Territorial e Ambiental, Alexandre
Lopes, a Prefeitura de Mossoró se reuniu com o Conselho da Cidade e eles
aprovaram uma minuta de um projeto de lei com a ideia da criação de uma “área
especial de interesse público”, que divide a cidade em setores indicando onde
se pode e até que altura se pode construir.
O conteúdo foi
resultado de diálogos que o Executivo municipal teve com técnicos do Comando da
Aeronáutica no início deste ano.
O projeto, que deve
ser enviado à Câmara Municipal na próxima semana, tornou-se a grande esperança
para os empresários do mercado imobiliário mossoroense. É o que diz o presidente
do Sindicato da Indústria de Construção Civil de Mossoró (SINDUSCON). “A lei
vai tirar a dúvida que os empresários têm de onde podem construir”, explica.
A expectativa de que
o projeto seja aprovado e traga os benefícios esperados, além da volta da liberação
de alvarás de construção, já anima o setor. Os alvarás, que também ficaram
emperrados por mais de seis meses, voltaram a sair. O problema agora para a
Prefeitura é dar conta do excesso de solicitações. Mesmo em áreas próximas ao
aeroporto, o documento está sendo liberado paulatinamente.
Com isso, as
demissões, que atingiram recordes negativos neste ano, ficaram menos constantes
e o otimismo voltou às construtoras.
*Jornal De Fato
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