sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Genivan Vale cobra medidas para resolver o caos no setor de obstetrícia



Vereadores, médicos obstetras e representantes do setor de saúde pública se reuniram na manhã de hoje, 19, na Câmara Municipal de Mossoró (CMM), a fim de discutirem alternativas para resolverem o caos no setor de obstetrícia no município. A situação crítica do atendimento obstétrico viola os direitos à vida e à dignidade humana.

Na ocasião, representantes dos obstetras entregaram ao vereador Genivan Vale (PROS) um relatório com o histórico da atual situação vivenciada no município. Este documento deverá ser encaminhado para o Conselho Federal de Medicina (CFM) no intuito de cobrar providências para resolver a questão.

O documento relata que o contrato dos obstetras com a prefeitura encerrou em 31 de julho de 2014 e não foi renovado, nem aditivado pela secretária de saúde. Além disso, o contrato estava com atraso de pagamento dos últimos quatro meses.

Um dia antes do encerramento do contrato, os médicos especialistas se reuniram no Ministério Público (MP) com a direção da Casa de Saúde e a secretária Leodise Cruz para tentar evitar a paralisação. As condições impostas para manter aos serviços foram: melhorias nas condições de trabalho e o cronograma para pagamento de honorários atrasados. A secretaria de Saúde afirmou que tinha interesse de refazer o contrato com os médicos, mas não tinha recursos, nem para quitar o contrato que terminou, nem fazer um cronograma de parcelas.

“Terminou a reunião, com a classe médica sem garantias para poder retornar as atividades”, disse o médico Manoel Nobre. Com isso, os profissionais que prestavam serviços na Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) suspenderam as atividades no dia 4 de agosto, e, como consequência, os atendimentos na referida unidade de saúde foram encerrados. Com o fim das atividades da Casa de Saúde Dix-sept Rosado, a situação da obstetrícia ficou um caos.  

Conforme o obstetra, somente o Hospital da Mulher não tem condições para atender a população da região que procura a obstétrica, devido à quantidade de leitos reduzida. O resultado é hospital superlotado, pacientes puerperas em cadeiras, partos em recepção, revolta da população, altas precoce, altos nível de estresse vivido por equipe medica e enfermagem, pacientes sendo encaminhadas para Natal com risco imenso de mortalidade materno-fetal.

“Por causa desta situação, três bebês já morreram em Mossoró por falta de atendimento. Os médicos estão sobrecarregados, exauridos com a grande demanda no Hospital da Mulher. Em muitos casos, precisamos escolher quem vamos atender primeiros, uma verdadeira ‘escolha de sofia’: escolher quem vai nascer e quem vai morrer”, desabafa o obstetra.

Medidas

Diante do exposto pelos profissionais, o vereador Genivan Vale pediu sensibilidade da prefeitura de Mossoró para resolver a situação de forma urgente. “A Casa de Saúde Dix-sept Rosado precisa ser reaberta. É preciso fazer melhorias na unidade, mas isso deve ser feito com ela aberta”, declara. E complementa: “É preciso usar o bom senso e buscar alternativas para retomar o atendimento obstétrico de forma satisfatória. Não vamos deixar as pessoas morrerem”, conclama o vereador.

Genivan Vale sugere ao prefeito de Mossoró que possa fazer o remanejamento de recursos para sanar os problemas na saúde, uma vez que o Executivo declara que não há verbas para atender o pleito dos profissionais para que o atendimento da Casa da Saúde possa ser retomado.

“Se o problema é a falta de dinheiro para resolver os problemas da saúde, o prefeito pode pedir autorização da Câmara Municipal para fazer o remanejamento no orçamento, ou seja, destinar recursos de áreas menos prioritárias para a saúde. Os vereadores não irão se opor a isso”, declara Genivan Vale, reforçando que é necessária uma atitude imediata para acabar com o caos no setor de obstetrícia. 


*Assessoria de Comunicação

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