quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Próximo verão será o 1º com dengue e chikungunya circulando no país



O vírus chikungunya deve se espalhar pelo país seguindo o padrão de disseminação da dengue. No próximo verão, portanto, é provável que diferentes regiões do país tenham surtos simultâneos de dengue e chikungunya.

Desde que chegou ao Brasil até o dia 25 de outubro, ochikungunya já infectou 828 pessoas, de acordo com balanço mais recente do Ministério da Saúde. O primeiro caso de transmissão interna do vírus no país foi registrado em setembro.

Apesar de não haver, no Rio Grande do Norte, nenhum caso confirmado da doença, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) tem reforçado a importância da notificação, pelos serviços de saúde, de casos suspeitos.  A Portaria 1271, emitida pelo Ministério da Saúde em 06/06/14, estabelece que a Febre do Chikungunya é de notificação compulsória (obrigatória).

No Rio Grande do Norte, em 2014, foram notificados 25 casos como suspeitos, sendo que 12 destes já foram descartados. Dos 13 casos que ainda estão em investigação, 11 foram notificados em Natal, um em Macaíba e outro em Mossoró, e aguardam os laudos das amostras enviadas ao Instituto Evandro Chagas, no estado do Pará.

Tire suas dúvidas sobre a Febre Chikungunya:

Como as pessoas pegam o vírus?
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue.

O risco aumenta, portanto, em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o dia.

O chikungunya tem subtipos diferentes, como a dengue?
Diferentemente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.

Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.

Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.

Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.

Como se prevenir?
Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.

Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.

*Com informações Sesap e Portal G1

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