Em 17 de novembro, comemora-se o Dia Nacional do
Combate a Tuberculose. Embora a medicação para o tratamento seja oferecida
gratuitamente pelo Governo Federal, a doença é a quarta maior causadora de
mortes entre os males infecciosos e continua entre as dez que mais provocam
hospitalizações no Brasil.
A doença tem uma relação direta com a desigualdade
social e também porque alguns pacientes abandonam o tratamento antes do término
previsto. Muitos acham que já estão curados nos primeiros três meses de
tratamento, períodos em que apresentam uma melhora significativa. A interrupção
do tratamento pode ocasionar a resistência aos medicamentos que inicialmente
têm uma eficácia bastante significativa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda uma
estratégia importante no controle da doença, que é o tratamento supervisionado,
disponível em todo o Brasil. Nessa modalidade de tratamento, um
profissional de saúde acompanha o uso dos medicamentos pelo doente nas unidades
de saúde ou mesmo na sua residência, evitando assim o abandono. Isso
garante o consumo do remédio durante todo o período necessário para a cura da
doença. Nesta forma de tratamento, são oferecidos alguns benefícios ao paciente
como vale transporte, cesta básica e lanche durante a permanência na unidade de
saúde. A estratégia é eficiente e tem um impacto significativo na redução das
taxas de abandono do tratamento. Os medicamentos são altamente eficazes e,
diferentemente de outros países, no Brasil são oferecidos gratuitamente pelo
serviço público (SUS).
As medidas de prevenção também são muito importantes
no combate à tuberculose. A vacina BCG é eficaz principalmente contra as formas
graves em crianças, também é gratuita e cobre quase 100% do território
nacional. Outra medida de prevenção é a quimioprofilaxia que consiste no uso de
um medicamento isoniazido, em pessoas infectadas e com risco maior de
adoecimento, como aquelas portadoras do vírus HIV.
Mas, sem dúvida nenhuma, a principal forma de
prevenção da doença, além do tratamento adequado é o diagnóstico precoce,
especialmente porque essa é uma doença transmissível. Para isso, é necessário
informação. É importante que todos saibam que a tuberculose acomete, nos dias
de hoje, em torno de 85 mil pessoas no Brasil, e que a tosse é o sintoma mais
importante da doença. Se ela persistir por mais de três semanas, pode ser tuberculose
e deve-se procurar o serviço de saúde para uma avaliação adequada desse
sintoma.
Fonte: Programa CQH
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