Continua indefinida a
data para retorno da realização de cirurgias eletivas através do Sistema Único
de Saúde (SUS) em Mossoró. A negociação entre a Prefeitura Municipal e a
Clínica de Anestesiologia de Mossoró (CAM) continua travada e a assinatura do
contrato de serviço ainda não foi realizada entre as duas partes. Os
procedimentos eletivos, assim como as cirurgias oncológicas, de
responsabilidade da gestão municipal, estão suspensos desde o dia 15 de agosto
do ano passado e segundo estimativas da própria CAM, é provável que mais de 1
mil pacientes estejam aguardando para passar por cirurgias de baixa e média
complexidade.
De acordo com informações
do anestesiologista e presidente da CAM, Ronaldo Fixina, a categoria está
aguardando um retorno da Procuradoria Geral do Município, que está com a minuta
do contrato a ser assinado entre os dois entes.
O contrato, segundo
Fixina, contempla a anestesia para as cirurgias de baixa e média complexidade a
serem realizadas no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM). São
procedimentos para o tratamento ortopédico, de vesícula, entre outras
especialidades. Uma das solicitações dos anestesiologistas é que antes das
cirurgias eles sejam informados sobre qual o médico cirurgião que fará o
procedimento. “É uma questão de segurança para nós que vamos realizar a
anestesia e principalmente para o paciente. Existem boatos de que virão médicos
de outros lugares para fazer as cirurgias na Casa de Saúde Dix-sept Rosado. São
profissionais que não sabemos quem são nem a especialidade. Queremos a
segurança através da informação antecipada”, destaca.
O drama dos pacientes que
necessitam das cirurgias também é relatado pelo médico, que lamenta o município
estar se alongando tanto nas negociações. “Alguns pacientes tiveram o quadro
agravado. Casos que eram simples no início do tratamento, hoje podem necessitar
de uma cirurgia bem mais delicada. Gente que está há meses impossibilitado de
trabalhar e prover o sustento da família… Nunca nesta cidade um problema como
este foi tão longo. Está faltando um pouquinho só de vontade para o gestor
resolver”, desabafa o médico.
A Procuradoria Geral do
Município está avaliando a minuta do contrato e deverá dar uma resposta nos
próximos dias.
Segundo a assessoria de
comunicação da Prefeitura, está ocorrendo uma sucessão de encontros com os
anestesiologistas para resolver a questão. Cada minuta entregue é levada à
assessoria jurídica do município que analisa o documento e, se houver algum
entrave a Prefeitura solicita outra minuta. De acordo com a assessoria, o
entrave até o momento são exigências feitas pela CAM que não podem ser
cumpridas.
Ontem, 4, a CAM entregou
uma nova minuta, que será avaliada pela Prefeitura. Amanhã, 6, a Prefeitura
deve apresentar sua contraproposta e espera chegar a um consenso. A assessoria
de comunicação afirma que, se até amanhã o problema não for resolvido, na
próxima segunda-feira, 9, a Prefeitura encaminhará outra solução para o
problema.
*Fonte: Gazeta do Oeste
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