quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Cirurgias estão suspensas há quase seis meses

Continua indefinida a data para retorno da realização de cirurgias eletivas através do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mossoró. A negociação entre a Prefeitura Municipal e a Clínica de Anestesiologia de Mossoró (CAM) continua travada e a assinatura do contrato de serviço ainda não foi realizada entre as duas partes. Os procedimentos eletivos, assim como as cirurgias oncológicas, de responsabilidade da gestão municipal, estão suspensos desde o dia 15 de agosto do ano passado e segundo estimativas da própria CAM, é provável que mais de 1 mil pacientes estejam aguardando para passar por cirurgias de baixa e média complexidade.

De acordo com informações do anestesiologista e presidente da CAM, Ronaldo Fixina, a categoria está aguardando um retorno da Procuradoria Geral do Município, que está com a minuta do contrato a ser assinado entre os dois entes.

O contrato, segundo Fixina, contempla a anestesia para as cirurgias de baixa e média complexidade a serem realizadas no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM). São procedimentos para o tratamento ortopédico, de vesícula, entre outras especialidades. Uma das solicitações dos anestesiologistas é que antes das cirurgias eles sejam informados sobre qual o médico cirurgião que fará o procedimento. “É uma questão de segurança para nós que vamos realizar a anestesia e principalmente para o paciente. Existem boatos de que virão médicos de outros lugares para fazer as cirurgias na Casa de Saúde Dix-sept Rosado. São profissionais que não sabemos quem são nem a especialidade. Queremos a segurança através da informação antecipada”, destaca.

O drama dos pacientes que necessitam das cirurgias também é relatado pelo médico, que lamenta o município estar se alongando tanto nas negociações. “Alguns pacientes tiveram o quadro agravado. Casos que eram simples no início do tratamento, hoje podem necessitar de uma cirurgia bem mais delicada. Gente que está há meses impossibilitado de trabalhar e prover o sustento da família… Nunca nesta cidade um problema como este foi tão longo. Está faltando um pouquinho só de vontade para o gestor resolver”, desabafa o médico.

A Procuradoria Geral do Município está avaliando a minuta do contrato e deverá dar uma resposta nos próximos dias.

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, está ocorrendo uma sucessão de encontros com os anestesiologistas para resolver a questão. Cada minuta entregue é levada à assessoria jurídica do município que analisa o documento e, se houver algum entrave a Prefeitura solicita outra minuta. De acordo com a assessoria, o entrave até o momento são exigências feitas pela CAM que não podem ser cumpridas.

Ontem, 4, a CAM entregou uma nova minuta, que será avaliada pela Prefeitura. Amanhã, 6, a Prefeitura deve apresentar sua contraproposta e espera chegar a um consenso. A assessoria de comunicação afirma que, se até amanhã o problema não for resolvido, na próxima segunda-feira, 9, a Prefeitura encaminhará outra solução para o problema.


*Fonte: Gazeta do Oeste

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