A Prefeitura de Mossoró e o
Governo do Estado já acumulam dívidas de R$ 3,5 milhões com o Centro de
Oncologia e o Hospital da Solidariedade (hospital do câncer) referente a
procedimentos feitos pelo SUS. As dívidas comprometem serviços e prejudicam
diretamente a população que busca atendimento público nos hospitais.
De acordo com o médico José
Cure de Medeiros, a dívida da Prefeitura com o Centro de Oncologia ultrapassa
os R$ 2 milhões. “Sem esses recursos, não temos como atender dignamente a
população e vamos ter que paralisar serviços”, diz ele. A dívida vai do
pagamento a médicos à quitação de despesas com a manutenção da UTI.
A partir dessa quarta-feira
(25), caso a Prefeitura não resolva o impasse, o Centro de Oncologia vai
paralisar o atendimento pelo SUS. Os pacientes já vinham sendo prejudicados por
causa do impasse entre a Prefeitura Municipal e os anestesiologistas, tal
pendência já equacionada com um contrato entre as partes.
“Resolveram o problema dos
anestesiologistas, mas estamos esperando que a Prefeitura atualize os repasses
ao Centro de Oncologia, para que possamos pagar médicos e funcionários, e
custeio, para que a população possa ser atendida”, explica Cure, citando que a
situação financeira do COHM “está insustentável” no momento.
Segundo
ele, o Centro não suporta trabalhar sem receber pelos serviços prestados.
“Vamos chegar ao ponto de transferir pacientes”, sinaliza. A Prefeitura também
vem retardando a assinatura do convênio com o Centro de Oncologia, necessário
ao credenciamento do hospital do Sistema Único de Saúde pública.
A
direção do Centro de Oncologia já se reuniu com a secretária de saúde da
Prefeitura, Leodise Cruz, que sinalizou em sanar o impasse financeiro,
garantindo o pleno funcionamento do COHM com as cirurgias oncológicas,
atividades de UTI e serviços ambulatoriais. “Acreditamos que tudo será
resolvido logo”, espera Cure.
Estado – A
dívida do Estado com o Hospital da Solidariedade é de R$ 1,5 milhão, e se
refere à produtividade dos meses de novembro e dezembro de 2014. Credenciado na
União como unidade de alta complexidade oncológica, o pagamento dos serviços
realizados no hospital é processado através do governo estadual.
*Fonte: Assessoria COHM
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