Mossoró corre o risco de perder mais um prédio histórico

O casarão pertencente ao espólio do industrial Jerônimo Dix-neuf Rosado Maia, localizado em frente à Praça Bento Praxedes, no centro da cidade, foi recentemente vendido a um empresário local. A previsão é de que, assim como outros prédios históricos do município, seja demolido para dar lugar a um espaço comercial.

O imóvel hospedou em 1933 o então presidente Getúlio Vargas. Na época, o presidente instalou no referido local a sede do Governo Provisório do Brasil e por este motivo, o casarão ficou conhecido como “Catetinho”, em alusão ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sede executivo nacional no período de 1897 a 1960.  

Caso a demolição do casarão venha a se concretizar, Mossoró perderá, mais uma vez, parte do seu patrimônio histórico. Isso mostra que embora no município exista a Lei do Tombamento Municipal, em vigor desde junho de 2011, o poder público municipal pouco tem feito para preservar sua história material.

Nos últimos anos, foram vários os exemplos que prédios antigos que foram demolidos: a casa do jornalista Dorian Jorge Freire, o Cine Caiçara, entre outros. 

POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO

Em 2013, o vereador Genivan Vale propôs uma emenda aditiva (nº 52/13) ao Projeto de Lei nº 1125/2013, que previa ações de preservação ao patrimônio histórico e cultural da cidade, além da implementação de uma política de tombamento e preservação dos prédios históricos da cidade. No entanto, mesmo aprovada pela Câmara Municipal, a emenda ainda não foi sancionada pelo Poder Executivo.

“Lamentamos muito em ver que mesmo com uma Lei de Tombamento em vigor, Mossoró vem perdendo, ano após ano, vários prédios históricos, que junto com eles, também se vão parte de sua história. Quando você tomba um prédio histórico, acarreta custos para o município e parece que o município não quer arcar com estes custos. Falta vontade política para resolvermos este problema”, pondera o parlamentar. 

*Assessoria de Comunicação