Os proprietários que tiveram suas casas demolidas no
conjunto Wilson Rosado terão que esperar ainda mais pelos imóveis que serão
entregues pela Prefeitura Municipal. As obras do Residencial Jardim das
Orquídeas, que deveriam ter começado em meados do mês de abril, não foram
iniciadas devido à suspensão dos recursos do Programa Minha Casa Minha Vida.
De acordo com informações do secretário municipal de
Infraestrutura, José Couto, as casas do residencial serão construídas dentro do
Programa do Governo Federal, que suspendeu todas as construções e até agora não
há previsão de quando a obra deverá ser iniciada. “Infelizmente esse ponto não
depende da gente. As casas estão dentro do Programa que foi suspenso e nem
sabemos quando será retomado. Há mais de 15 dias tentamos contato com o
Ministério das Cidades e somente somos informados de que estão ocorrendo
reuniões para solucionar o problema. O que nos resta é aguardar”, diz.
Diante do não início das construções, o atraso na entrega,
prevista para ocorrer dentro de 18 meses, será inevitável. É o que confirma o
secretário, que relatou ainda a impossibilidade de o município iniciar as obras
de infraestrutura do Residencial, como a construção das áreas de lazer com
equipamentos de ginástica, playground, e quadras para a prática de esportes
como vôlei e basquete, assim como a infraestrutura básica, como pavimentação,
abastecimento de água e esgotamento sanitário. “Se não há a construção das
casas também não temos como iniciar essa segunda etapa. Infelizmente estamos de
mãos atadas e só podemos aguardar o posicionamento do Ministério das Cidades”,
afirma.
Enquanto as casas não saem do projeto, os proprietários dos
imóveis demolidos continuam morando provisoriamente em casas de parentes ou
alugadas. Outras duas famílias continuam vivendo na casa onde funcionava o
Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), no conjunto Independência.
Dona Maria do Socorro da Silva é uma das que teve parte da
casa demolida atendendo determinação da Justiça na ação de reintegração de posse
movida pela Companhia Hidrelétrica do Vale São Francisco (CHESF). A parte da
frente da casa dela ficava localizada dentro da área proibida e foi derrubada.
Atualmente, ela continua morando no mesmo local, só que ocupando apenas a parte
de trás. O imóvel pertence a um filho e ela aguarda uma das casas do
Residencial Jardim das Orquídeas. “Graças a Deus que o que derrubaram da minha
não foi muito e deu pra gente continuar morando até que a Prefeitura entregue
essas outras casas. Esse atraso é muito ruim e espero que resolvam logo. Os
moradores não podem ficar sem ter uma esperança”, disse.
A obra do residencial prevê a construção de 150 casas que
serão distribuídas entre os moradores do Conjunto Wilson Rosado que têm suas
casas construídas dentro da área de risco listada pela Chesf.
*Fonte: Gazeta do Oeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário