Está em fase de conclusão a pesquisa para desenvolvimento
de uma vacina contra o calazar, ou leishmaniose visceral, zoonose que acomete
fígado, baço e medula óssea, causando perda de apetite, anemia, problemas
respiratórios, diarreia e sangramentos na boca e nos intestinos (Radis 143).
Coordenada pela Universidade Federal do Piauí, envolvendo cientistas de várias
partes do mundo, em especial, do Canadá, a pesquisa busca desenvolver a vacina
a partir do genoma da Leishmania, parasita causador da doença. Em entrevista ao
portal de notícias Meio Norte (21/1), Francisco Guedes Alcoforado Filho, novo
presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi),
explica que ainda não é possível estabelecer um prazo de lançamento da vacina
no mercado, pois existem etapas a serem cumpridas anteriormente à
disponibilização. Registro da patente, inspeção da Anvisa e proteção
intelectual dos resultados da pesquisa são algumas das medidas a serem tomadas
antes da comercialização da vacina.
O calazar tem alta incidência no Brasil e pode ser fatal ao
homem se não for diagnosticado precocemente. A vacina entra no combate
preventivo à doença de forma eficaz, junto com o cuidado no acúmulo de material
orgânico nas residências e maior atenção à saúde dos cães, que são repositórios
do parasita, levando à circulação da Leishmania na natureza.
Para que o medicamento fique pronto o mais rápido possível,
a Fapepi e o governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Ciência e
Tecnologia, comprometeram-se a não medir esforços para que o estudo ganhe maior
impulso, afirmou Francisco.
*Fonte: Resvista Radis
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