terça-feira, 3 de maio de 2016

Comerciantes reclamam de insegurança e falta de manutenção da Cobal

Falta de manutenção, insegurança, falta de limpeza e deficiências na rede elétrica são alguns dos problemas enfrentados diariamente pelos comerciantes da Central de Abastecimento (Cobal) e do mercado da carne e do peixe. O cenário de abandono do espaço comercial foi detalhado pelos trabalhadores ao vereador Genivan Vale (PDT), em visita ao local na manhã desta segunda-feira, 02.


O comerciante Francisco Martins contou que seu box foi arrombado na semana passada e os criminosos levaram todo o dinheiro do caixa. “Eles abriram um espaço na grade do box, entraram e roubaram meu estabelecimento. Aqui há alguns seguranças, mas eles não dão conta de conter a violência”, declara. Ainda com relação à insegurança, durante a visita, o vereador Genivan Vale presenciou uma briga, onde um comerciante foi ferido com uma faca. “Essa é uma cena comum. Essa falta de segurança está afastando os clientes daqui”, reclamam os comerciantes.

A falta de limpeza é outro problema apontado pelos trabalhadores. Segundo o administrador da Cobal, Genildo Felix, a questão da limpeza é devido à falta de profissionais para fazer o trabalho. “Antes tínhamos 22 trabalhadores na limpeza, mas agora por causa do problema com os salários das terceirizadas, temos apenas três profissionais”, revela.

Outra queixa diz respeito à rede elétrica que abastece os boxes e galerias do mercado, que apresenta uma série de problemas estruturais, com fiação exposta e falta de proteção para as caixas de energia. “No ano passado já havíamos denunciado o risco da fiação elétrica e os órgãos competentes se comprometeram em resolver o problema, mas infelizmente não ocorreu. Vamos cobrar novamente providências para esta situação que coloca em risco a vida dos comerciantes e dos cidadãos que transitam diariamente pelo mercado”, diz o edil.

Genivan Vale também ouviu reclamações acerca de feirantes que vêm de outras cidades e competem de forma desleal com os trabalhadores da Cobal. “O que falta aqui são regras, normatização. Não nos importaríamos de pagar uma taxa pelos boxes, desde que os recursos fossem utilizados para a manutenção e melhorias na Cobal”, dizem os vendedores.

Após ouvir os relatos dos comerciantes, o vereador Genivan Vale se reuniu com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Agricultura e Turismo, Renato Fernandes, para tratar das deficiências expostas por ele. O secretário informou que alguns pontos reclamados pelos comerciantes já estão encaminhados para a resolução.

Um deles é a elaboração do regimento interno da Cobal para a normatização do mercado e a criação de um fundo próprio para sua manutenção. “Os próprios comerciantes concordam em pagar uma taxa para que esta seja revertida em melhorias para o espaço", observa.


Segundo o secretário, hoje a Prefeitura de Mossoró gasta em média R$ 500 mil por ano com a manutenção da Cobal. "Se cobrarmos uma pequena taxa dos comerciantes, a Cobal poderá arrecadar em torno de R$ 1,5 milhão anual, recursos que são usados para a limpeza, segurança e manutenção do espaço”, destaca Renato Fernandes. A previsão do secretário é que a finalização desta normatização seja feita em até 30 dias.



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