Falta de manutenção, insegurança, falta de limpeza e deficiências na
rede elétrica são alguns dos problemas enfrentados diariamente pelos
comerciantes da Central de Abastecimento (Cobal) e do mercado da carne e do
peixe. O cenário de abandono do espaço comercial foi detalhado pelos
trabalhadores ao vereador Genivan Vale (PDT), em visita ao local na manhã desta
segunda-feira, 02.
O comerciante Francisco Martins contou que seu box foi arrombado na
semana passada e os criminosos levaram todo o dinheiro do caixa. “Eles abriram
um espaço na grade do box, entraram e roubaram meu estabelecimento. Aqui há
alguns seguranças, mas eles não dão conta de conter a violência”, declara.
Ainda com relação à insegurança, durante a visita, o vereador Genivan Vale
presenciou uma briga, onde um comerciante foi ferido com uma faca. “Essa é uma
cena comum. Essa falta de segurança está afastando os clientes daqui”, reclamam
os comerciantes.
A falta de limpeza é outro problema apontado pelos trabalhadores.
Segundo o administrador da Cobal, Genildo Felix, a questão da limpeza é devido
à falta de profissionais para fazer o trabalho. “Antes tínhamos 22
trabalhadores na limpeza, mas agora por causa do problema com os salários das
terceirizadas, temos apenas três profissionais”, revela.
Outra queixa diz respeito à rede elétrica que abastece os boxes e
galerias do mercado, que apresenta uma série de problemas estruturais, com
fiação exposta e falta de proteção para as caixas de energia. “No ano passado
já havíamos denunciado o risco da fiação elétrica e os órgãos competentes se
comprometeram em resolver o problema, mas infelizmente não ocorreu. Vamos
cobrar novamente providências para esta situação que coloca em risco a vida dos
comerciantes e dos cidadãos que transitam diariamente pelo mercado”, diz o
edil.
Genivan Vale também ouviu reclamações acerca de feirantes que vêm de
outras cidades e competem de forma desleal com os trabalhadores da Cobal. “O
que falta aqui são regras, normatização. Não nos importaríamos de pagar uma
taxa pelos boxes, desde que os recursos fossem utilizados para a manutenção e
melhorias na Cobal”, dizem os vendedores.
Após ouvir os relatos dos comerciantes, o vereador Genivan Vale se
reuniu com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Agricultura
e Turismo, Renato Fernandes, para tratar das deficiências expostas por ele. O
secretário informou que alguns pontos reclamados pelos comerciantes já estão
encaminhados para a resolução.
Um deles é a elaboração do regimento interno da Cobal para a
normatização do mercado e a criação de um fundo próprio para sua manutenção.
“Os próprios comerciantes concordam em pagar uma taxa para que esta seja
revertida em melhorias para o espaço", observa.
Segundo o secretário, hoje a Prefeitura de Mossoró gasta em média R$ 500
mil por ano com a manutenção da Cobal. "Se cobrarmos uma pequena taxa dos
comerciantes, a Cobal poderá arrecadar em torno de R$ 1,5 milhão anual,
recursos que são usados para a limpeza, segurança e manutenção do espaço”,
destaca Renato Fernandes. A previsão do secretário é que a finalização desta
normatização seja feita em até 30 dias.
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