segunda-feira, 2 de maio de 2016

Por dívida de R$ 36 mil, prédio do Centro de Reabilitação amanhece no cadeado

O prédio em que funciona o Centro de Reabilitação de Mossoró Doutor Ozias Alves de Souza, localizado na Rua Juvenal Lamartine, no bairro Santo Antônio, amanheceu a segunda-feira, 2, lacrado.

De acordo com o proprietário do imóvel, Gildo Calado, a medida é devido ao não pagamento do aluguel por parte da Prefeitura de Mossoró. Segundo Gildo, o repasse por parte do Poder Público não é feito a nove meses, o que corresponde a R$ 36 mil.

Em contato com a reportagem, o dono do prédio disse que espera pelo pagamento dos alugueis atrasados e respeito da administração municipal com a pessoa dele.

“Eu tomei essa iniciativa (de lacrar o imóvel) porque faz nove meses que a Prefeitura não paga o aluguel do prédio. Todos os meus impostos, inclusive do prédio em questão, estão todos em dias e por isso eu quero respeito por parte da Prefeitura. Me sinto com essa situação totalmente desrespeitado. Eles ficam me empurrando de um lado para outro”, disse Gildo.

O proprietário do imóvel ainda alega que tem sido mal recebido por órgãos municipais. “Tenho sido mal recebido em algumas secretarias em que vou buscar uma solução para o pagamento do débito. Ficou mal atendido na Secretaria de Administração, de Finanças, da Fazenda. Ninguém lá quer receber ninguém. Fica no jogo de empurra-empurra.”

Gildo Calado disse ainda que tentou um acordo junto com a Prefeitura, mas que não teve êxito o que o deixou bastante irritado com a situação.

“Eu tentei um acordo com a Prefeitura na semana passada, mas não obtive êxito. O secretario disse que não podia fazer o acordo. Sinceramente eu não tenho mais paciência de tratar com essa gente. Me sinto ultrajado e ofendido com tudo isso que estou passando”, desabafou Gildo Calado.

Ele disse ainda que nesta manhã recebeu um telefonema de uma representante da Secretaria de Saúde do Município a respeito deste assunto. A Prefeitura propôs uma reunião com Gildo Calado, mas ele disse que quer a definição de dois pontos.

“Eu falei para a moça que me ligou que existem dois pontos. Primeiro é colocar o pagamento em dia e avaliar um reajuste no valor do prédio, que está pelo menos seis anos defasado, pois um prédio como o que eu tenho de 520 metros quadrados, com dois pavimentos, 12 salas, com banheiro e antessala, não tem mais esse valor no mercado”.

Gildo Calado enfatizou ainda que só lacrou o prédio no último domingo, 1º, após o contrato ter sido encerrado no dia 30.

A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde informou a reportagem que toda a estrutura do Centro de Reabilitação irá para o Centro Clínico do Bom Jardim e as dívidas com os proprietários dos imóveis com os alugueis atrasados estão sendo renegociadas.


Ainda segundo a assessoria, o intuito da municipalidade é fortalecer o Centro Clínico do Bom Jardim e diminuir os alugueis de prédios, que de acordo com o Executivo, é muito elevado.

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