O prédio em que funciona o Centro de Reabilitação de
Mossoró Doutor Ozias Alves de Souza, localizado na Rua Juvenal Lamartine, no
bairro Santo Antônio, amanheceu a segunda-feira, 2, lacrado.
De acordo com o proprietário do imóvel, Gildo Calado, a
medida é devido ao não pagamento do aluguel por parte da Prefeitura de Mossoró.
Segundo Gildo, o repasse por parte do Poder Público não é feito a nove meses, o
que corresponde a R$ 36 mil.
Em contato com a reportagem, o dono do prédio disse que
espera pelo pagamento dos alugueis atrasados e respeito da administração
municipal com a pessoa dele.
“Eu tomei essa iniciativa (de lacrar o imóvel) porque faz
nove meses que a Prefeitura não paga o aluguel do prédio. Todos os meus
impostos, inclusive do prédio em questão, estão todos em dias e por isso eu
quero respeito por parte da Prefeitura. Me sinto com essa situação totalmente
desrespeitado. Eles ficam me empurrando de um lado para outro”, disse Gildo.
O proprietário do imóvel ainda alega que tem sido mal
recebido por órgãos municipais. “Tenho sido mal recebido em algumas secretarias
em que vou buscar uma solução para o pagamento do débito. Ficou mal atendido na
Secretaria de Administração, de Finanças, da Fazenda. Ninguém lá quer receber
ninguém. Fica no jogo de empurra-empurra.”
Gildo Calado disse ainda que tentou um acordo junto com a
Prefeitura, mas que não teve êxito o que o deixou bastante irritado com a
situação.
“Eu tentei um acordo com a Prefeitura na semana passada,
mas não obtive êxito. O secretario disse que não podia fazer o acordo.
Sinceramente eu não tenho mais paciência de tratar com essa gente. Me sinto
ultrajado e ofendido com tudo isso que estou passando”, desabafou Gildo Calado.
Ele disse ainda que nesta manhã recebeu um telefonema de
uma representante da Secretaria de Saúde do Município a respeito deste assunto.
A Prefeitura propôs uma reunião com Gildo Calado, mas ele disse que quer a
definição de dois pontos.
“Eu falei para a moça que me ligou que existem dois pontos.
Primeiro é colocar o pagamento em dia e avaliar um reajuste no valor do prédio,
que está pelo menos seis anos defasado, pois um prédio como o que eu tenho de
520 metros quadrados, com dois pavimentos, 12 salas, com banheiro e antessala,
não tem mais esse valor no mercado”.
Gildo Calado enfatizou ainda que só lacrou o prédio no
último domingo, 1º, após o contrato ter sido encerrado no dia 30.
A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de
Saúde informou a reportagem que toda a estrutura do Centro de Reabilitação irá
para o Centro Clínico do Bom Jardim e as dívidas com os proprietários dos
imóveis com os alugueis atrasados estão sendo renegociadas.
Ainda segundo a assessoria, o intuito da municipalidade é
fortalecer o Centro Clínico do Bom Jardim e diminuir os alugueis de prédios,
que de acordo com o Executivo, é muito elevado.
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