segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Camelôs podem se instalar em mercados

Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 5, na sede do Ministério Público, a Prefeitura de Mossoró apresentou sugestões para realocação dos camelôs instalados atualmente de forma irregular nas calçadas do Centro da cidade.

A prefeitura estuda instalar os camelôs nos mercados públicos do Centro, Bom Jardim e Alto da Conceição, e ainda construir espaços públicos no Centro voltados para esses comerciantes.

O secretário municipal do Desenvolvimento Territorial e Ambiental, Alexandre Araújo da Silva Lopes, apresentou um projeto de construção de uma galeria comercial na Rua Coronel Vicente Sabóia, Centro, em um terreno que ainda não se sabe se pertence ao Município ou a Câmara Municipal.

O espaço seria ocupado por 75 camelôs e ficaria pronto no próximo ano. "Trata-se de um projeto barato, viável, que pode ser colocado no orçamento de 2012", destaca o secretário.

Alexandre Lopes diz que existem outras duas boas opções: construir outra galeria num terreno da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), por trás do Aceu; e reestrutura o mercado do Bom Jardim. "Os camelôs não se negam a deixar as calçadas, mas querem ir para um local onde possam continuar vendendo suas mercadorias. O mercado do Bom Jardim, por exemplo, é um bom lugar para quem vende lanche, pois tem o movimento do pessoal que vem de outras cidades no transporte alternativo", ressalta.

A gerente municipal do Desenvolvimento Urbanístico, Vera Cidley, informa que cerca de 270 camelôs estão cadastrados na prefeitura.
Entretanto, Alexandre Lopes observa que 30% deles trabalham com atividade ilegal, que é a venda de CDs e DVDs piratas. "Essas pessoas terão que mudar de atividade ou não serão realocadas pela prefeitura", adverte o secretário.

O promotor de Defesa das Pessoas com Deficiência e do Idoso da Comarca de Mossoró, Sasha Amaral, ressalta que a retirada de mercadorias do Centro da cidade é o primeiro passo para garantir acessibilidade aos portadores de deficiência. "Vamos primeiro resolver o problema do Centro para depois se espalhar por todos os bairros e tornar a cidade mais humana", destaca.

O presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Mossoró (ADEFIM), Aremir Gonzaga de Moura, chamou atenção para o desnivelamento das calçadas em Mossoró, "que impedem que os portadores de necessidades tenham o direito de ir e vir sem passar por constrangimentos".

A acessibilidade volta a ser discutida em audiência pública na Câmara Municipal na próxima quinta-feira, 8.

*Jornal Gazeta do Oeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário