O Lixão Cajazeiras, localizado no bairro Santo Antônio, foi teoricamente desativado pela Prefeitura em 2008, mas já voltou a ser local de despejo de lixos residenciais e de empresas. No local, as montanhas de lixo já se espalham novamente pela área que deveria estar limpa.
O catador Josimar Alexandre afirmou que chegou a trabalhar na Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Mossoró (ASCAMAREM), que tem o apoio da Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria de Serviços Urbanos (SESUTRA), mas que o trabalho não lhe rendeu bons frutos.
Josimar Alexandre diz que passou dois anos na Ascamarem, mas como viu que as pessoas voltavam a despejar aos poucos o lixo em Cajazeiras, resolveu voltar para o antigo local de trabalho. “Na associação não dava certo. Eu estava passando necessidade com minha esposa e meus dois filhos. Se continuasse lá, minha família iria passar fome, então resolvi voltar e aqui é bem melhor”, disse ele, trabalhando em meio ao lixo.
Juntamente com Josimar havia mais uns cinco catadores, que dividiam a mesma opinião. Assim como os catadores, os porcos também já voltaram em grande quantidade para o local. “As pessoas não têm costume de separar o lixo e jogam na rua mesmo, por isso que estamos aqui novamente”, continuou o catador.
Para que a área do Lixão Cajazeiras fosse desativada, a Prefeitura passou a dar mais apoio às associações de catadores. Além da construção do aterro sanitário municipal, que custou cerca de R$ 3,3 milhões. O local deveria receber 100% do lixo produzido na cidade.
O aterro sanitário de Mossoró foi construído numa área de 94.000 metros quadrados, com estimativa de vida útil ampliada para sete anos e meio. A implantação do Programa da Coleta Seletiva está sendo desenvolvida na cidade, mas o material reciclado ainda é muito pequeno.
*Jornal Gazeta do Oeste
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