Em
Mossoró, o ano foi marcado por paralisações na Saúde, setor que enfrentou
dificuldades tanto na baixa e média como na alta complexidade.
Em
18 de janeiro anestesiologistas decidem paralisar os atendimentos eletivos
realizados no Hospital Wilson Rosado, na Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) e
no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM), pagos através do
Município. Categoria reivindicava o pagamento de todos os meses de serviços
prestados em atraso e a garantia de que não haverá mais descumprimento da data
de pagamento. Impasses se arrastam durante o ano, alternando períodos de
atendimento e paralisação. Agora em dezembro completa quatro meses de nova
paralisação dos anestesiologistas em relação aos atendimentos eletivos e
oncológicos.
Atraso
no pagamento dos profissionais da anestesiologia, que prestam serviço no
Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, através do Governo do Estado, também
levou à suspensão de cirurgias eletivas na unidade.
O
caos na saúde atinge vários setores. Em 1º de abril, profissionais do Centro de
Radioterapia (Hospital da Solidariedade) paralisaram as atividades por 24
horas. Vestidos de preto em sinal de protesto, eles buscaram chamar a atenção
da sociedade para as dificuldades enfrentadas, consequentes do atraso no
repasse dos recursos, oriundos do Ministério da Saúde e administrados pelo
Governo do Estado.
Na
obstetrícia, a crise se agrava a partir do dia 5 de agosto, quando o
atendimento médico na Casa de Saúde Dix-sept Rosado é paralisado. Salários em
atraso e falta de condições adequadas para o trabalho são as razões alegadas
pelos médicos para suspensão dos atendimentos. A crise causou revolta e
indignação da comunidade. A paralisação das atividades da Dix-sept Rosado levou
o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia a enfrentar uma demanda de
atendimentos maior do que suportava, causando transtornos e até a morte de
bebês.
A
CSDR enfrentou uma paralisação das atividades de 57 dias. O atendimento médico
na unidade foi retomado somente no dia 1º de outubro. A CSDR apresentou
dificuldades para honrar com as obrigações trabalhistas dos 305 funcionários. O
problema foi alvo de inquéritos civis, Termos de Ajustamento de Conduta (TACs)
e ações judiciais cobrando os direitos dos trabalhadores, condições de trabalho
e melhoria da estrutura. No dia 9 de setembro a CSDR sofreu uma intervenção
judicial e com a decisão, a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade
(APAMIM) retirou toda a sua diretoria e a Prefeitura obteve o prazo de três meses
para fazer o diagnóstico de viabilidade econômica e construir um plano de
trabalho que permita a transformação da CSDR em um hospital municipal.
Nas
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do
município, enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, entre outros
profissionais de Saúde, deflagraram greve por tempo indeterminado. A
paralisação teve início no dia 15 de setembro e se estendeu por 38 dias.
Ainda
com relação à Saúde, mais um ano termina sem que a obra de reforma e ampliação
do Hospital Regional Tarcísio Maia, iniciada em 2012 e prevista para terminar
em 2013 seja concluída. Com estrutura defasada, unidade que atende inúmeros
municípios do Oeste do Rio Grande do Norte enfrenta problemas repetitivos que
penalizam a população. Superlotação, apagões e falta de medicamentos foram
notícia.
*Fonte:
Com informações jornal Gazeta do Oeste
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