segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Caos na Saúde marca o ano de 2014 em Mossoró

Em Mossoró, o ano foi marcado por paralisações na Saúde, setor que enfrentou dificuldades tanto na baixa e média como na alta complexidade.

Em 18 de janeiro anestesiologistas decidem paralisar os atendimentos eletivos realizados no Hospital Wilson Rosado, na Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) e no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM), pagos através do Município. Categoria reivindicava o pagamento de todos os meses de serviços prestados em atraso e a garantia de que não haverá mais descumprimento da data de pagamento. Impasses se arrastam durante o ano, alternando períodos de atendimento e paralisação. Agora em dezembro completa quatro meses de nova paralisação dos anestesiologistas em relação aos atendimentos eletivos e oncológicos.

Atraso no pagamento dos profissionais da anestesiologia, que prestam serviço no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, através do Governo do Estado, também levou à suspensão de cirurgias eletivas na unidade.

O caos na saúde atinge vários setores. Em 1º de abril, profissionais do Centro de Radioterapia (Hospital da Solidariedade) paralisaram as atividades por 24 horas. Vestidos de preto em sinal de protesto, eles buscaram chamar a atenção da sociedade para as dificuldades enfrentadas, consequentes do atraso no repasse dos recursos, oriundos do Ministério da Saúde e administrados pelo Governo do Estado.

Na obstetrícia, a crise se agrava a partir do dia 5 de agosto, quando o atendimento médico na Casa de Saúde Dix-sept Rosado é paralisado. Salários em atraso e falta de condições adequadas para o trabalho são as razões alegadas pelos médicos para suspensão dos atendimentos. A crise causou revolta e indignação da comunidade. A paralisação das atividades da Dix-sept Rosado levou o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia a enfrentar uma demanda de atendimentos maior do que suportava, causando transtornos e até a morte de bebês.

A CSDR enfrentou uma paralisação das atividades de 57 dias. O atendimento médico na unidade foi retomado somente no dia 1º de outubro. A CSDR apresentou dificuldades para honrar com as obrigações trabalhistas dos 305 funcionários. O problema foi alvo de inquéritos civis, Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) e ações judiciais cobrando os direitos dos trabalhadores, condições de trabalho e melhoria da estrutura. No dia 9 de setembro a CSDR sofreu uma intervenção judicial e com a decisão, a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade (APAMIM) retirou toda a sua diretoria e a Prefeitura obteve o prazo de três meses para fazer o diagnóstico de viabilidade econômica e construir um plano de trabalho que permita a transformação da CSDR em um hospital municipal.

Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, entre outros profissionais de Saúde, deflagraram greve por tempo indeterminado. A paralisação teve início no dia 15 de setembro e se estendeu por 38 dias.

Ainda com relação à Saúde, mais um ano termina sem que a obra de reforma e ampliação do Hospital Regional Tarcísio Maia, iniciada em 2012 e prevista para terminar em 2013 seja concluída. Com estrutura defasada, unidade que atende inúmeros municípios do Oeste do Rio Grande do Norte enfrenta problemas repetitivos que penalizam a população. Superlotação, apagões e falta de medicamentos foram notícia.


*Fonte: Com informações jornal Gazeta do Oeste

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