Não é a toa que vários setores da cultura mossoroense tem
manifestado insatisfação com a falta de recursos para execução de suas
atividades. Segundo informações do Portal da Transparência da Prefeitura
Municipal de Mossoró, de janeiro a junho deste ano, espaços como a Biblioteca
Pública Ney Pontes Duarte, o Museu Municipal Lauro da Escóssia, o Teatro
Dix-huit Rosado e o Memorial da Resistência não receberam nenhum repasse
financeiro por parte da PMM.
Para piorar ainda mais a situação, todos estes importantes
locais de cultura tem valores a receber de anos anteriores, os chamados
"Restos a pagar". O Teatro Dix-huit Rosado, por exemplo, tem mais de
R$ 12 mil em créditos.
Dos valores já gastos até junho pela pasta da Cultura, a
maior fatia da pasta da Cultura, foi direcionada ao Mossoró Cidade Junina, que
abocanhou mais de R$ 1.8 mi, sem contar com os custos do Cidadela e do
espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró, que receberam R$ 250 mil, conforme
as informações disponibilizadas no Portal.
"Nós estamos tocando o barco com muita dificuldade e
isto não dá pra esconder, não dá pra negar. São dificuldades evidentes, quem
chega aqui percebe. Agora, o que nos foi repassado é que o município está
passando por uma crise maior do que se imaginava e orientação que nos estão
dando é de contenção de despesas. Ações como, por exemplo, a diminuição de
expediente, para economizar energia." Comentou o padre Guimarães Neto,
diretor da Biblioteca Pública Ney Pontes Duarte, que adiantou ainda que está
sendo estudada a possibilidade de ser cobrada uma taxa para utilização do
auditório e do espaço Marieta Lima para ajudar na manutenção da biblioteca.
Alni Francisco de Moura, diretor do Museu Municipal Lauro
da Escóssia comentou que está tirando do próprio bolso para compra de materiais
de consumo do dia-a-dia: "Quando tem faltado alguma coisa aqui eu tenho
comprado, quando tem algum material lá na cultura (Secretaria) eles mandam.
Quando não, eu compro, não é o certo, mas eu compro".
Sem equipamentos como um computador e impressora,
documentos como ofícios são redigidos a próprio punho no Museu. Alni ainda
comenta que uma ideia para ajudar na manutenção do local é a criação de um
grupo denominado "Amigos do Museu".
*Fonte: Jornal O Mossoroense
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