Depois
de 57 dias de serviços suspensos, a Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR)
retomou ontem os atendimentos obstétricos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às
gestantes de Mossoró e região. O primeiro dia de atividades foi considerado
tranquilo pelos funcionários e equipe médica do local. Pela manhã, apenas uma
gestante procurou a unidade e recebeu atendimento.
As
atividades foram retomadas com a presença de dois obstetras, um neonatologista
e um anestesiologista na equipe de plantão e assim deve permanecer durante 24
horas, todos os dias. Todos os profissionais foram contratados pela Prefeitura
de Mossoró a pedido da junta interventora nomeada pela Justiça Federal. As
recepcionistas da Casa de Saúde relataram tranquilidade nas primeiras horas
após a abertura.
A
secretária municipal de Saúde, Leodise Cruz e a atual diretora-geral da Casa de
Saúde, Larizza Queiroz, acompanharam de perto a retomada das atividades na
manhã de ontem. Leodise ressaltou que além dos profissionais médicos que
atuarão na unidade, a Prefeitura Municipal providenciou também material para os
atendimentos, equipamentos e a reforma em diversos setores na CSDR para que os
trabalhos fossem reiniciados.
A
Casa de Saúde Dix-sept Rosado é a maior unidade hospitalar de atendimento às
gestantes da região e retoma os atendimentos com 30 leitos disponíveis. Os
demais que ainda não estarão à disposição para uso poderão ser habilitados de
acordo com a demanda e investimentos que a unidade vir a receber.
A
CSDR está sob intervenção judicial da Justiça Federal, sendo esta medida um
pedido do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CRM/RN), com
parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF). A unidade é atualmente
administrada por uma junta interventora. A decisão foi proferida pelo juiz
federal Orlan Donato da Rocha, da 8ª Vara da Justiça Federal em Mossoró. Ele
prevê que o município mantenha o repasse de recursos financeiros à Apamim, a
fim de que sejam restabelecidos, “de forma integral e satisfatória”, os
serviços de urgência em obstetrícia, ginecologia, anestesiologia e pediatria,
sob pena de bloqueio de conta pública ou remanejamento de verba destinada à
propaganda institucional.
O
hospital havia paralisado os atendimentos devido à precariedade na estrutura
física, falta de material, débitos com o salário dos funcionários, chegando há
três meses de atraso, e por último a não renovação dos contratos com os núcleos
de obstetrícia, anestesiologia e pediatria.
*Fonte:
Gazeta do Oeste
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