quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Casa de Saúde Dix-sept Rosado retoma atividades após 57 dias

Depois de 57 dias de serviços suspensos, a Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) retomou ontem os atendimentos obstétricos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às gestantes de Mossoró e região. O primeiro dia de atividades foi considerado tranquilo pelos funcionários e equipe médica do local. Pela manhã, apenas uma gestante procurou a unidade e recebeu atendimento.

As atividades foram retomadas com a presença de dois obstetras, um neonatologista e um anestesiologista na equipe de plantão e assim deve permanecer durante 24 horas, todos os dias. Todos os profissionais foram contratados pela Prefeitura de Mossoró a pedido da junta interventora nomeada pela Justiça Federal. As recepcionistas da Casa de Saúde relataram tranquilidade nas primeiras horas após a abertura.

A secretária municipal de Saúde, Leodise Cruz e a atual diretora-geral da Casa de Saúde, Larizza Queiroz, acompanharam de perto a retomada das atividades na manhã de ontem. Leodise ressaltou que além dos profissionais médicos que atuarão na unidade, a Prefeitura Municipal providenciou também material para os atendimentos, equipamentos e a reforma em diversos setores na CSDR para que os trabalhos fossem reiniciados.

A Casa de Saúde Dix-sept Rosado é a maior unidade hospitalar de atendimento às gestantes da região e retoma os atendimentos com 30 leitos disponíveis. Os demais que ainda não estarão à disposição para uso poderão ser habilitados de acordo com a demanda e investimentos que a unidade vir a receber.

A CSDR está sob intervenção judicial da Justiça Federal, sendo esta medida um pedido do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CRM/RN), com parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF). A unidade é atualmente administrada por uma junta interventora. A decisão foi proferida pelo juiz federal Orlan Donato da Rocha, da 8ª Vara da Justiça Federal em Mossoró. Ele prevê que o município mantenha o repasse de recursos financeiros à Apamim, a fim de que sejam restabelecidos, “de forma integral e satisfatória”, os serviços de urgência em obstetrícia, ginecologia, anestesiologia e pediatria, sob pena de bloqueio de conta pública ou remanejamento de verba destinada à propaganda institucional.

O hospital havia paralisado os atendimentos devido à precariedade na estrutura física, falta de material, débitos com o salário dos funcionários, chegando há três meses de atraso, e por último a não renovação dos contratos com os núcleos de obstetrícia, anestesiologia e pediatria.


*Fonte: Gazeta do Oeste

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